terça-feira, 22 de dezembro de 2009



Máscara: Faça com a sua, o que quiser!

Por que as pessoas não podem ser transparentes? Qual o problema que há nisso? Eu tenho que sofrer, mas manter no meu rosto uma máscara trazendo um falso sorriso que eu não me sinto a fim de dar?

Sinceramente, não me entra na cabeça, juro! Então eu tenho que estar feliz 24 horas por dia? Ninguém sente raiva, ninguém comete injustiça, o mundo é lindo e o universo cor de rosa?! Viva Santa Hipocrisia!

Eu não tô querendo justificar nenhum dos meus defeitos (embora eu tenha conhecimento da maioria deles, e saiba que na maioria das vezes eu sou superhiperultamegapower injusta com várias pessoas). Eu só tô tentando entender qual o problema com a transparencia... qual o problema em dar a cara a tapa? Eu tô virando, vá! Pode bater! Agora bata com gosto! De uma vez, pra arrancar tudo e começar de novo, do zero!

Eu não tô pedindo pena, não tô querendo compaixão, nada nesse sentido! Eu só queria o mínimo de compreensão, se você não consegue ser transparente, aprende a conviver com isso! O mundo é feito de pessoas completamente diferentes, e infelizmente (ou felizmente, ao meu ver) nem todo mundo é legal 24 horas por dia!

Se joga! Dá a cara a tapa e se deixa bater! Doi! E como doi. Mas eu prefiro SINCERAMENTE uma dor verdadeira, expressa, na hora, cuspida, escarrada e jogada pra fora. Mas resolvida! Antes ela, que essa dor infinita que vai matando aos poucos, consumindo menos de um milímetro a cada dia e corroendo por baixo dessa mascara que você insiste em usar.

Desculpe-me, mas eu prefiro ser dilacerada, exagerada, impulsiva, e talvez até repulsiva. Que viver, por tras de uma máscara de "boa-moça", cheia de mágoas, rancores e angustias.

Ps.: Ontem (26/12/09), eu li um trcho de um livro, que confirma o meu desabafo, aí vai ele:
"Felizes os que são transparentes, pois deles é o reino da saúde psíquica e da sabedoria. Infelizes os que escondem suas mazelas debaixo da cultura, dinheiro e prestígio social, pois deles é o reino da psiquiatria." (Augusto Cury - O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos, p. 16)

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