sábado, 14 de novembro de 2009


Ah, o AMOR [II]!




"Há vários tipos de amor, e diversas formas de amar." Não sei bem quem disse isso, mas ainda ouso complementar mais... há diversos tempos de amar! E se duas pessoas se amam, em "tempos" diferentes, esse amor provavelmente desencadeará sentimentos nem um pouco "amáveis".


A primeira parte, é praticamente incontestável.Vejamos.. há amor de pai, amor de mãe, irmão, tio, primo, avó, amigo, sobrinho, namorado, cachorro, periquito, papagaio... é possivel amar intensamente, amar cautelosamente, expressivamente, verdadeiramente, sorrateiramente, cautelosamente, compulsivamente, autruistamente, desesperadamente. Assim destrinchamos a parte mais fácil, mas e quanto ao tempo de amar?


O amor em sua diversidade de tipos e formas tem a capacidade de evoluir (ou regredir, em alguns casos). Daí deriva o TEMPO DE AMAR. Um amor de avó ou tia, pode evoluir para um amor materno, assim como um amor de amigo, pode evoluir para um amor de irmão ou de namorado (e este último caso, admite um"virse-versa"). O amar verdadeiramente, pode regredir para cautelosamente, ou até compulsivamente. Tudo é possível em se tratando do amor.


Ele, na maioria das vezes, nos pega sorrateiramente, quando estamos mais despreocupados, dando-nos uma "rasteira" e nos fazendo bater de cara com aquilo que a gente menos espera (e/ou tanto nos amedronta)! Seja uma evoluçao ou regressão, o amor precisa acontecer de maneira sincronizada. Como num balé, onde a execução dos passos perfeitamente, garantem uma harmonia perfeita, numa relação amorosa, de qualquer tipo ou forma, é a sincronia de tempo, que garante tal feito.


Se eu sinto por alguem um amor de amigo, e ele sente por mim um amor de namorado, a nossa relação nunca será harmonica, independentemente da forma que escolhamos pra "expressar" a nossa relação. O mesmo se aplica à forma de amar. Se eu amo cautelosamente, e sou amada pela mesma pessoa compulsivamente, nossa relação contará sempre com um imparce. A falta de um, será excesso pra outro.


O mais chato disso tudo, é que não há nada que possamos fazer pra burlar esse tal de tempo, sem sentir na pele uma dorsinha sequer, seja lá qual for o caminho que escolhamos pra seguir. Se trilhar-mos o caminho da esperança em que tudo vai mudar, e esse tempo uma hora será sincronisado, haverá sempre um vazio em excesso, ou uma cobrança em excesso, que pode aos poucos matar um amor (embora isso não seja o que queremos). Se buscar-mos o caminho de que não se pode insistir em um "erro", as sequelas do primeiro impacto poderão ser bem maiores, mas um dia curam. E se curam! (Sem falar na possibilidade de o proprio tempo, concertar a confusão que ele mesmo criou.)


O que eu quero dizer com isso? Que por mais que "Ah, o AMOR" seja o carro chefe das nossas vidas e nossas ações, é o tempo que o guia! ;)

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